A energia solar em condomínio fechado tem ganhado destaque como uma solução eficiente e sustentável para reduzir custos e aumentar a valorização dos imóveis.
Em condomínios horizontais, por exemplo, a economia na conta de luz pode chegar a R$12 mil por residência ao ano, um número que chama a atenção de moradores e síndicos.
Além disso, a instalação de sistemas fotovoltaicos traz independência energética, baixa manutenção e benefícios ambientais.
Neste artigo, você vai entender como funciona essa tecnologia nos condomínios, quais são as regras, vantagens e custos envolvidos, e como começar a transformar sua realidade energética hoje mesmo. Continue lendo!
Como funciona a energia solar em condomínios?
A energia solar em condomínios pode ser implementada de duas formas principais: geração individual ou geração compartilhada (coletiva), cada uma com suas características e requisitos técnicos.
Na geração individual, cada unidade do condomínio (como casas em condomínios horizontais) instala seu próprio sistema fotovoltaico no telhado da residência.
A energia gerada é consumida localmente e o excedente é injetado na rede da concessionária, gerando créditos para abater em contas futuras.
É uma solução ideal quando há espaço físico adequado para cada morador instalar seu sistema de forma autônoma.
Já na geração compartilhada, mais comum em condomínios verticais ou com áreas comuns amplas, os painéis solares são instalados em espaços coletivos, como telhados dos blocos ou garagens.
A energia gerada é utilizada para abastecer áreas comuns (portaria, iluminação externa, elevadores) ou redistribuída entre os condôminos conforme um rateio proporcional, previamente definido e aprovado em assembleia.
Pode instalar energia solar em condomínio?
Sim, a instalação de energia solar em condomínios é permitida e regulamentada pela Resolução Normativa nº 1.059/2023 da ANEEL, que trata da geração distribuída.
No entanto, para que a instalação ocorra de forma legal e eficiente, alguns critérios devem ser seguidos.
Em primeiro lugar, é essencial que o projeto seja aprovado em assembleia de condôminos, com quórum qualificado (normalmente dois terços dos votos). A decisão deve ser registrada em ata, garantindo transparência e respaldo jurídico.
Também é necessário elaborar um projeto técnico adequado, assinado por um profissional habilitado (engenheiro eletricista ou empresa especializada), que será apresentado à concessionária de energia para análise e homologação.
Além disso, o condomínio deve definir claramente a modalidade de geração (individual ou compartilhada), o sistema de rateio de custos e benefícios, e os responsáveis pela manutenção.
Em condomínios verticais, o uso de áreas comuns para a instalação dos painéis pode exigir ajustes no regimento interno e estudo de viabilidade estrutural.
Energia solar em condomínio de casas: vale a pena?
Sim, e cada vez mais condomínios horizontais têm investido nessa solução. A principal vantagem é a possibilidade de cada morador instalar seu próprio sistema fotovoltaico, gerando economia significativa e maior controle sobre o consumo de energia.
Em uma residência média, por exemplo, a economia na conta de luz pode chegar a R$12 mil por ano.
Além do retorno financeiro, a adesão à energia solar fortalece a valorização dos imóveis e traz uma percepção de modernidade e consciência ambiental ao condomínio.
Isso tem feito com que muitos síndicos e moradores priorizem esse tipo de investimento, em alguns casos, até mesmo acima de itens tradicionalmente valorizados, como segurança e portaria.
Um levantamento recente apontou que os condomínios estão investindo mais em energia solar do que nesses outros serviços, justamente por conta de todas as vantagens econômicas.
O modelo é altamente vantajoso também por permitir que cada residência dimensione seu sistema de acordo com a própria demanda, sem depender diretamente da gestão coletiva.
Isso oferece mais liberdade ao morador e torna o investimento ainda mais eficiente e personalizado.
Quais são as vantagens de usar energia solar em condomínio fechado?
A adoção da energia solar em condomínios fechados vai muito além da economia na conta de luz. Trata-se de uma solução estratégica que reúne benefícios econômicos, ambientais e estruturais, tanto para os moradores quanto para a istração do condomínio.
Redução significativa na conta de energia
A geração de energia solar permite uma economia expressiva nas despesas com eletricidade, tanto nas áreas comuns do condomínio (portaria, iluminação, piscinas, salões de festas) quanto nas unidades habitacionais, quando há sistemas individuais.
Com a compensação de energia via sistema de créditos da distribuidora (net metering), o valor da fatura mensal pode ser reduzido em até 95%, dependendo do consumo e da capacidade instalada.
Essa redução ajuda no equilíbrio do orçamento dos moradores e também permite que o condomínio invista em melhorias estruturais com os recursos poupados.
Valorização dos imóveis
Imóveis que contam com sistemas fotovoltaicos instalados são percebidos como mais modernos, sustentáveis e econômicos. Essa percepção aumenta sua atratividade no mercado imobiliário.
Em condomínios, essa valorização é coletiva: uma estrutura compartilhada de geração solar agrega valor ao conjunto como um todo, influenciando positivamente tanto os preços de venda quanto de aluguel.
Além disso, compradores e inquilinos buscam cada vez mais empreendimentos alinhados às práticas sustentáveis, um diferencial competitivo que se torna decisivo.
Sustentabilidade e consciência ambiental
Adotar a energia solar significa reduzir significativamente a emissão de gases de efeito estufa, uma vez que se trata de uma fonte limpa e renovável.
Cada quilowatt-hora gerado pelo sistema fotovoltaico evita a emissão de CO₂ que seria produzida pela geração convencional com combustíveis fósseis.
Essa escolha reforça o compromisso ambiental do condomínio, promovendo uma cultura de responsabilidade entre os moradores e contribuindo diretamente para o combate às mudanças climáticas.
Economia no longo prazo
Apesar de exigir um investimento inicial, os sistemas fotovoltaicos têm alta durabilidade e oferecem retorno financeiro garantido ao longo dos anos.
Em média, o payback ocorre entre 4 a 7 anos, mas o sistema continua operando com eficiência por mais de duas décadas.
Isso significa mais de 20 anos de economia e previsibilidade nos gastos com energia.
Em condomínios, essa estabilidade é ainda mais relevante, já que ajuda no planejamento orçamentário e reduz a necessidade de aumentos nas taxas condominiais.
Independência energética
Ter um sistema próprio de geração de energia traz autonomia em relação às concessionárias.
Isso protege o condomínio contra oscilações tarifárias e possíveis crises energéticas, garantindo maior previsibilidade nos custos e reduzindo a vulnerabilidade a reajustes repentinos.
Em casos de condomínios com infraestrutura preparada, é possível integrar sistemas de backup (como baterias), aumentando ainda mais a independência energética e a resiliência do empreendimento.
Baixa manutenção
Os sistemas de energia solar exigem pouca manutenção ao longo de sua vida útil. Com limpezas periódicas (geralmente semestrais ou anuais) e inspeções preventivas realizadas por profissionais qualificados, o desempenho do sistema se mantém estável.
Além disso, os equipamentos utilizados (como módulos fotovoltaicos e inversores) são projetados para resistir às condições climáticas mais diversas.
Essa robustez técnica garante segurança e confiabilidade, com custos operacionais mínimos para o condomínio.
Quais são as regras para instalar energia solar em condomínio fechado?
A instalação de energia solar em condomínios fechados deve seguir normas técnicas e jurídicas específicas. O primeiro o é a aprovação em assembleia condominial, conforme previsto no Código Civil e na convenção do condomínio.
Para sistemas de uso coletivo, como abastecimento de áreas comuns, geralmente é necessária aprovação por maioria simples.
Já em projetos de geração compartilhada entre unidades, pode ser exigida maioria qualificada ou unanimidade, dependendo das regras internas.
Do ponto de vista técnico, o sistema deve ser projetado por um profissional habilitado (engenheiro elétrico ou empresa especializada) e registrado junto ao CREA.
O projeto precisa estar em conformidade com as normas da ANEEL (Resolução Normativa nº 1.059/2023) e da concessionária local, que avaliará o ponto de conexão, os inversores, o dimensionamento do sistema e a capacidade da rede elétrica.
Além disso, o condomínio deve estar regularizado, possuir CNPJ e uma conta de energia em nome do condomínio para solicitar a homologação junto à distribuidora.
A documentação exigida pode incluir ART, projeto unifilar, memorial descritivo e laudo de vistoria técnica.
Quem pode solicitar a instalação?
A solicitação pode variar conforme o tipo de sistema (coletivo ou individual):
- Para sistemas coletivos (em áreas comuns): o síndico é o representante legal responsável por conduzir o processo, desde a convocação da assembleia até a de contratos e solicitação junto à concessionária;
- Para sistemas individuais (em casas dentro do condomínio): o próprio morador pode solicitar a instalação, desde que siga as regras internas e obtenha as autorizações necessárias. Lembrando que, em muitos casos, o projeto precisa ser aprovado pelo conselho ou pela istração condominial para garantir que não haja impactos na estética ou na estrutura comum;
- Para geração compartilhada entre unidades: os condôminos interessados podem formar um consórcio ou cooperativa e firmar um acordo formal, definindo regras de rateio, manutenção e distribuição da energia gerada.
Em todos os casos, é recomendável o acompanhamento de uma empresa especializada para garantir que os trâmites técnicos e legais sejam cumpridos corretamente.
Quanto custa implantar energia solar em condomínio fechado?
O custo da implantação pode variar significativamente de acordo com o tamanho do sistema, o tipo de instalação (coletiva ou individual), a complexidade do projeto e a capacidade de geração desejada.
- Para casas individuais dentro do condomínio: um sistema fotovoltaico residencial pode variar entre R$15 mil e R$40 mil, dependendo da potência instalada e do consumo médio mensal;
- Para sistemas coletivos em áreas comuns: o custo pode ultraar R$100 mil, especialmente em condomínios com grande estrutura (piscinas, salões de festas, iluminação externa, portaria 24h, etc.). Porém, o investimento pode ser dividido entre os condôminos, o que reduz o impacto financeiro individual;
- Geração compartilhada entre unidades: nesse modelo, o valor é proporcional à cota de participação de cada morador no consumo. Também é possível financiar o sistema por meio de linhas de crédito específicas para energia solar, com prazos estendidos e taxas atrativas.
É importante lembrar também que o retorno sobre o investimento geralmente ocorre entre 4 e 7 anos, e o sistema tem vida útil superior a 25 anos, o que garante uma economia significativa ao longo do tempo.
Como instalar energia solar em condomínio fechado?
Instalar um sistema de energia solar em um condomínio fechado exige planejamento técnico, consenso entre os moradores e cumprimento das exigências legais.
O processo pode variar conforme o tipo de condomínio (vertical ou horizontal) e o modelo de geração adotado (individual ou coletiva). Confira as principais etapas:
Análise de viabilidade
Tudo começa com uma avaliação técnica da área disponível para a instalação dos painéis solares (como telhados de casas, áreas comuns ou coberturas de garagem).
Nessa etapa, um engenheiro ou empresa especializada analisa fatores como radiação solar, sombreamento, capacidade estrutural e demanda energética do condomínio.
Estudo de consumo e dimensionamento do sistema
É feito um levantamento do consumo elétrico médio, seja de uma residência individual ou das áreas comuns, para definir o tamanho do sistema fotovoltaico.
Esse estudo garante que a produção de energia seja compatível com a demanda.
Projeto técnico e aprovação
Após o dimensionamento, elabora-se um projeto elétrico que deve ser aprovado pelos condôminos (em assembleia) e submetido à concessionária local para homologação.
Para sistemas coletivos, é necessário formalizar um contrato de geração compartilhada.
Aquisição e instalação do sistema
Com o projeto aprovado, inicia-se a compra dos equipamentos (módulos fotovoltaicos, inversores, estrutura de fixação, cabeamento, etc.) e a instalação por uma empresa especializada.
É fundamental contratar profissionais certificados para garantir segurança e conformidade com as normas da ANEEL e da ABNT.
Homologação e conexão à rede elétrica
Após a instalação, o sistema é vistoriado e conectado à rede da concessionária.
A energia excedente gerada é injetada na rede pública e convertida em créditos energéticos, que podem ser utilizados em até 60 meses.
Monitoramento e manutenção
O acompanhamento contínuo do desempenho do sistema é essencial para garantir eficiência.
A manutenção é simples, geralmente limitada à limpeza dos módulos e inspeções periódicas, mas deve ser feita por equipe capacitada.
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Conclusão
Adotar a energia solar em condomínios fechados é uma decisão estratégica que alia economia, sustentabilidade e valorização patrimonial.
Com planejamento adequado, apoio técnico especializado e engajamento dos condôminos, é possível transformar o modelo de consumo de energia e conquistar independência elétrica de forma segura e eficiente.
O momento para investir em fontes renováveis é agora. E com a informação certa, o processo se torna mais simples e vantajoso.
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