Granizo é responsável por 73% das perdas financeiras em projetos solares nos Estados Unidos

Além do granizo, estudo aponta que fumaça de incêndios florestais pode reduzir boa parte do retorno anual das usinas
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Granizo é responsável por 73% das perdas financeiras em projetos solares nos Estados Unidos
Foto: Canva

Apesar de representar apenas 6% dos incidentes registrados, o granizo é responsável por 73% das perdas financeiras em projetos de energia solar nos Estados Unidos. 

É o que revela o novo relatório elaborado pela empresa americana kWh Analytics, especializada em seguros climáticos.

Segundo o levantamento, os danos causados por tempestades de granizo são desproporcionalmente severos, afetando principalmente os vidros dos módulos fotovoltaicos.

A análise chama atenção para um detalhe: 99% das usinas solares norte-americanas têm, anualmente, uma chance de 10% de serem atingidas por granizos maiores que 5 cm de diâmetro.

Nesse sentido, a pesquisa aponta que praticamente todas as plantas fotovoltaicas americanas enfrentam eventos do tipo ao longo de seus 25 anos de vida útil. 

O relatório também aponta que muitos fabricantes têm reduzido a qualidade dos módulos para manter margens de lucro em meio à queda dos preços de venda.

A kWh Analytics ressalta ainda que a escolha adequada dos módulos por parte das empresas instaladoras e dos consumidores é um dos fatores-chave para mitigar perdas, indicando que modelos com vidro temperado mais espesso apresentam maior resistência a impactos severos.

Soluções para mitigar riscos

Entre as estratégias recomendadas, ganha destaque a técnica conhecida como “stowing” — que consiste em armazenar ou alterar a inclinação dos painéis durante tempestades, diminuindo a exposição direta ao granizo e ventos intensos. 

Um exemplo citado no relatório é o projeto solar Fighting Jays, no Texas, severamente danificado em 2023, enquanto outros parques da região escaparam ilesos justamente por aplicarem essa medida.

Saiba mais:

No entendimento da kWh Analytic, à medida que a energia renovável se torna uma espinha dorsal da matriz elétrica, garantir a resiliência dos sistemas não é mais opcional — é essencial; e que isso exige uma colaboração entre operadores, investidores, seguradoras e fabricantes.

Fumaça também ameaça desempenho

Além do granizo, o estudo revela que a fumaça de incêndios florestais pode reduzir em até 6% o retorno anual de usinas solares — mesmo quando os focos de incêndio ocorrem a centenas de quilômetros de distância. 

Em 2023, os Estados Unidos registraram quase 700 incêndios florestais, segundo artigo publicado pela 60Hertz Energy. A partir desse dado, o estudo da kWh Analytics reforça a necessidade de maior planejamento climático, inovação tecnológica e protocolos de prevenção em larga escala para proteger os ativos solares. 

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Foto de Henrique Hein
Henrique Hein
Atuou no Correio Popular e na Rádio Trianon. Possui experiência em produção de podcast, programas de rádio, entrevistas e elaboração de reportagens. Acompanha o setor solar desde 2020.

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