O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) informou nesta sexta-feira (04) que duas novas linhas de transmissão entraram em operação antecipadamente no Brasil, com o objetivo de ampliar o limite de escoamento de energia gerada na Bahia.
Com isso, a capacidade de escoamento de energia na região oeste do Estado pode aumentar de 500 MW a 2500 MW, dependendo do cenário. A medida visa ajudar a reduzir o carregamento de outros equipamentos na rede elétrica, diminuindo a necessidade de cortes de geração de fontes renováveis.
Esses cortes, conhecidos como curtailment, aumentaram significativamente no ano ado, resultando em desperdício de energia e prejuízos bilionários para empresas de geração de energia solar e eólica.
O ONS explicou que os curtailments ocorrem por diversas razões, como limitações na capacidade de escoamento de energia pela rede de transmissão, a necessidade de garantir a confiabilidade do suprimento de energia e o consumo insuficiente para absorver a oferta de eletricidade em determinado momento.
Prejuízos causados pelo curtailment
Um estudo divulgado pela consultoria Volt Robotics revelou que mais de 1,4 mil usinas solares e eólicas sofreram cortes na geração de energia por determinação do ONS em 2024. Os prejuízos financeiros ultraam R$ 1,6 bilhão, com mais de 14,6 TWh médios de energia cortados.
Ao todo, foram 400 mil horas de geração interrompidas, sendo que o Nordeste foi a região mais impactada, acumulando 330 mil horas. A Bahia, assim como o Ceará e o Rio Grande do Norte, foram os estados mais afetados, conforme mostra a reportagem abaixo:
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